Entrevista do Presidente do Sincoval Ovhanes Gava na TV Tarobá
Entrevista do Presidente do Sincoval Ovhanes Gava na TV Tarobá
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Tarobá: Depois do acordo entre patrões e Empregados de shoppings no início do mês funcionários chegaram a fazer questionamentos sobre a data em que o reajuste de quase 12% será aplicado no salários, para isso convidamos o presidente do SINCOVAL, OHVANES GAVA, e ele está ao vivo com a gente para nos tirar todas essas dúvidas.
Tarobá: Ovhanes, o pessoal está questionando: que dia que a gente vai ver o salário, esse reajuste cair na conta, já tem esse prazo?
Ovhanes: É, o faz-me rir vai acontecer, isso já foi discutido nas duas assembleias tanto do patronal quanto dos Trabalhadores, já foi sacramentado pacificado.
Agora nós estamos naquelas vias de regra de formalizar a minuta. Existe aqueles pequenos detalhes, mas os índices econômicos já estão estabelecidos que é 11,91% como você colocou. Também para aquelas empresas que querem fazer antecipação desses 11,91% já pode ser feita.
Agora existe algumas empresas tipo: Vamos pegar uma loja que que seja grande e que a sua matriz é no eixo São Paulo Rio, ela precisa e necessita que a nossa Convenção Coletiva esteja no Ministério da Justiça, no Ministério do Trabalho, no mediador para só então ela poder aplicar aquilo que efetivamente foi regimentado entre as partes, então acredite assim, quem quer faça já, porque já está pactuado, se não acontecer, porque hoje já passou o dia 20 e muitas empresas fecham a folha, se isso não acontecer Cid já para o próximo mês de competência Maio e pagamento em abril, ele vai receber sim, inclusive retroativo a Julho. Então, essa garantia, essa perca não vai ocorrer por mais que se delongou muito tempo para convenção.
Tarobá: Importante que os empresários já fizessem, que essas empresas já fizessem esse pagamento, depois vai ter que pagar dobrado?
Ovhanes: É essa orientação, inclusive quando ocorreu o primeiro impasse na negociação naquele 7 de setembro, isso nós já passamos para os empresários poderem fazer as antecipações, não deixasse acumular. Querendo ou não esse Impacto de cinco meses de diferença salarial vai trazer uma quebra de caixa relativamente alta para algumas empresas.
Esse momento, para aqueles que não fizeram, já têm que estarem preparados porque isso vai ter que acontecer, Março ou mais tardar Abril, não mais do que isso.
Tarobá: Esse questionamento já respondido pelo Ovhanes Gava.
Ovhanes, outra situação é a abertura do comercio nesta terça-feira de carnaval, está tudo tranquilo por enquanto, o comércio reagiu bem, foi tudo tranquilo?
Ovhanes: Nós esperávamos ter uma demanda maior de empresários abertos, claro o papel do Sincoval é de oportunizar, dar essa liberdade, fazer com que o empresário faça sua escolha, tanto que a gente sempre noticiou que estava autorizado, foi uma conquista que o Sincoval trouxe a todos os empresários do comércio de rua de Londrina, agora nem todos aderiram, a gente entende, alguns fazem aquela conta na ponta do lápis, mas isso para nós ainda está muito bom, porque nós estamos monitorando qual é o melhor momento de poder avançar um pouquinho na abertura das lojas, em fazer promoções, então para o ano que vem a gente pode trabalhar, como disse Fernando Moraes sobre a ressaca dos dois primeiros meses, quem sabe a gente não faz, para o ano que vem, alguma promoção que atrai os consumidores ao nosso mercado.
Tarobá: Ovhanes, quando o comércio abre mas os bancos ficam fechados não atrapalham muito as vendas, o comerciante não fica retraído?
Ovhanes: Ainda existe essa ligação, comércio, banco, indústria e repartição pública, quando uma dessas cadeias para, reflete nas outras, realmente. Banco interfere, mas nós apostamos em repartição pública estar fechada, podemos ter esses funcionários públicos acessando nosso comércio. As indústrias não dependem para que o comércio fomente, mas banco, realmente, interfere bastante porque ele está alocado sempre na região central e isso faz aquela movimentação, querendo ou não, atrapalhou,
Tarobá: Seria, de repente, uma prerrogativa para os próximos anos? É difícil porque é local, é Nacional, mas de repente numa convenção futura possa existir a possibilidade de uma reunião sobre os bancos abrirem também no carnaval, senão vamos continuar dando tiro no pé, entende? Comércio abre e o banco fechado atrapalha todo mundo.
Ovhanes: Como você colocou, como é uma coisa mais Federativa sai um pouco da alçada do nosso municipio, mas por que não pensar em fomentar outras formas para que o consumidor venha aos nossos centros de compras, como uma promoção ou alguma festividade no centro de compras ou zona norte.
A Saul Elkind ontem. para você ter uma ideia, teve um movimento muito bom, vários Lojistas abriram as portas. Então fica aqui os nossos parabéns para aqueles que apostaram na abertura das lojas num momento como este.
Tarobá: Outro assunto que também tem sido debatido já algum tempo, é sobre a abertura do Comércio 24 horas, eu acho e posso estar enganado, você me corrige por favor, que Londrina ainda, a gente não tem essa cultura de comércio 24 horas, do público fazer suas compras depois das 10 horas da noite até meia-noite, ali você pega, mas depois disso eu pelo menos no meu ponto de vista porque eu tô falando por mim, eu nunca fui no comércio depois da meia-noite, entendeu? Até porque não tinha, mas se tivesse algum comércio aberto neste horário, eu não iria. Uma hora dessa eu tô dormindo. A cidade de Londrina, ela comporta hoje um comércio abrindo 24 horas? Vocês que estão no meio entendendo mais a realidade desse mercado.
Ovhanes: Cid, é um projeto audacioso essa abertura, Curitiba teve uma flexibilização. Esse projeto da vereadora, ela traz um momento para que nós possamos empreender a todo e qualquer momento. Claro, Londrina hoje, não está preparada em nenhum momento, em segurança, em logística, em conceito dos empresários, nós precisamos construir melhor essa ideia, mas é claro se a ideia vier automaticamente você acaba levando a opinião pública para discutir, para debater o assunto, eu acho que isso aí é salutar para Londrina como uma cidade punjante, nós do comércio, bens e serviços que representamos 66% do PIB de Londrina, é uma pauta relevante que nós precisávamos discutir agora, que hoje, momentaneamente, é inviável para Londrina, concordo com você.
Tarobá: Que a gente repara, eu estava olhando o calçadão numa terça-feira de carnaval, um dia gostoso muita gente em casa para fazer compra e o calçadão com quase ninguém, é assim um deserto total pelas ruas do centro de Londrina, isso me preocupa bastante, então a gente vai começar analisar imagina só durante a noite, durante a madrugada ou seja, quem abrir tem os gastos do empresário, já sabe como é que funciona, impostos, pagar funcionário, ter que contratar novas equipes, pode ser que a abertura de um comerciante se ele fica um mês aberto ele quebra a perna, porque ele não consegue pagar, dependendo do movimento do Comércio dele, não consegue pagar o que ele gastou com o funcionário.
Ovhanes: Exato. Infelizmente a nossa Carga Tributária, tanto em impostos ou as verbas rescisórias, elas são muito altas. Isso precisa ser revisto, precisa ser atualizado, mudado. Agora, você colocou um ponto muito importante, “o quanto custa empreender depois das 22 horas”, porque pela própria CLT o adicional noturno pós-22 é muito alto, nós precisamos sim, abrir esse debate e aproveitar esse momento na política nacional para essa reestruturação, e ver se realmente é um projeto que compete a Londrina neste momento, mas eu ainda compro a ideia, que ela é boa para o futuro.
Tarobá: Nessas reuniões que vocês têm, o que o empresariado tem falado, o que eles têm achado dessa ideia, estão com certo receio ou estão com medo, acham que pode ser uma solução para movimentar a economia londrinense?
Ovhanes: Nas conversas das reuniões que nós temos em alguns segmentos, eu vou pegar um exemplo aqui de uma joalheria, para ela abrir às 8h ou 9h da manhã é inviável, e também permanecer após as 20 horas é muito mais inviável. Agora, uma oficina mecânica ela já compete a abrir mais cedo, uma loja de material de construção é importante abrir mais cedo, porque o pedreiro já está na obra às 7 horas da manhã, então, ele precisa, às vezes, comprar um martelo, um prego, tendo uma loja de material de construção aberta para ele resolve o problema. São ideias, são alguns segmentos pontuais que nós gostaríamos de abrir esse diálogo para que a gente pudesse de alguma forma mexer no código de postura pela lei, se tornar lei esse projeto, para viabilizar segmentos distintos. Agora o 24 horas realmente é um debate a longo prazo que nós precisamos mexer com toda a cidade.
Fim da entrevista.